14 março 2024

Ansiedade: Como conviver com a ansiedade no dia a dia

em 14 março 2024

 Como lidar com a ansiedade no dia a dia.

Oi oi lindezas! O assunto de hoje é um pouquinho diferente, mas sei que pode ajudar muitas pessoas. Hoje vou falar um pouco sobre como conviver com a ansiedade, algo que já faço a mais de 3 anos e tenho algumas dicas que podem te ajudar.

como cuidar da ansiedade


Para quem me acompanha no Instagram ou YouTube, já sabe que sofro com a ansiedade desde criança, porém a situação piorou muito na fase adulta com o mercado de trabalho e hoje faço tratamento com medicação e terapia.

A minha ansiedade tem origens de traumas de infância e hereditariedade, além também do famoso trabalho com o público, que adoece muita gente, é fato.

Sempre tive ansiedade, por volta dos 18 anos tive depressão com pensamentos suicidas, da qual não saí sozinha, Deus me tirou de lá quando eu estava com medo de fazer algo contra minha própria vida. 

De lá pra cá a minha ansiedade passou a desenvolver sintomas físicos muito fortes. Nos últimos episódios ,antes de buscar tratamento, tive diarreia durante 1 mês que não passava com medicação, falta de ar, hipersonia (excesso de sono sem motivo aparente), enjoos, formigamento no rosto e pernas, choros aparentemente sem motivo, isolamento social, falta de ânimo, falta de apetite, emagrecimento. Enfim, ansiedade é mesmo muito sério.

Passei por 2 psicólogos, o primeiro não me senti a vontade, era um senhor. A segunda era uma mulher, estou com ela até hoje. Dra Fabíola foi muito receptiva, me explicou que a terapia seria guiada por mim mesma e que trataríamos de assuntos que eu me sentisse preparada pra falar, que não precisaria ter ordem cronológica nem nada. Enfim, ela me deixou muito confortável sobre o tratamento e conduz maravilhosamente bem.

Quando comecei a terapia eu não tinha o comprometimento de ir em todas as sessões e ficava evitando, e com isso a ansiedade ia afetando a minha vida cada vez mais. 

Certo dia não aguentei mais, estava sendo socorrida para a emergência com frequência, então procurei me comprometer com a terapia, porém a psicóloga me disse que o meu caso já estava muito grave, e que teria que procurar também um psiquiatra para associar tratamento medicamentoso.

Não é fácil falar aqui para vocês tudo isso, mas sei que pode ajudar alguém ai que passe pelo mesmo problema. Vamos lá então!

Agora, aproximadamente 3 anos seguindo tratamento terapêutico e medicação diária me sinto melhor e vejo que estou aprendendo muito sobre como lidar com a minha ansiedade no dia a dia, como lidar com os sintomas para que eles afetem o mínimo a minha vida.

Com a terapia a gente aprende muito a entender como a nossa mente funciona, como ela absorve os acontecimentos e como as nossas emoções afetam o nosso corpo. E com isso podemos aprender a lidar com a ansiedade de forma mais leve.

Passei a entender que a minha rotina diária interfere muito na ansiedade. Coisas como tempo de sono, focar muito em uma coisa só, não querer descansar a mente e trabalhar até tarde, até a quantidade de água e a forma como respiro interfere no meu dia com os sintomas.

Então para começar a te ajudar vou dizer o que tem feito resultado pra mim e tornado os sintomas menos frequentes e quando surgem eu sei o que fazer. 

1- Tempo e qualidade de sono:

O sono é muito importante para todos, tanto faz se a passoa tem ansiedade ou não. Percebi que preciso de 9h de sono tranquilos e ininterruptos. Não importa a hora de dormir, contanto que eu durma no máximo 9h por noite. Se eu dormir mais que isso não consigo fazer nada, a ansiedade me domina, fico com a respiração ofegante, coração acelerado e o meu dia fica depressivo demais.

2- Evite o ócio:

É muito importante fazer algo da vida para ocupar a mente. Coisas que te dão prazer, que ocupem o seu tempo. Depois do diagnóstico eu não consigo voltar ao mercado de trabalho, sabemos que a maioria dos empregos exigem habilidade de trabalhar sob pressão, e eu já fico mal em situações e dias normais, imagina trabalhando fora de casa que foi o que piorou minha situação (trabalhei com telemarketing por 1 ano e pouco, meu último emprego que pedi demissão).

No caso eu tento trabalhar por conta própria. Sou formada em Marketing e me encontrei na profissão autônoma de Social Media, amo o que faço, porém ainda não consigo me sustentar com isso, mas vai dar certo.

Percebi também que não posso focar só em trabalhar e descansar. Apesar de ter uma tendência a evitar sair de casa e ao isolamento social, isso não me permite quebrar barreiras impostas pela ansiedade. Então estou a procura de um hobby e também já me comprometo comigo mesma a visitar minhas amigas para sair um pouco de casa e me acostumar com a socialização. Percebo que se fico muito tempo sem sair de casa começo a me sentir muito deprimida. Então o objetivo é não fornacer ambiente fértil para esses sentimentos ruins.

3- Atividade física:

As vezes pulo corda dentro de casa, vou caminhando até o posto de saúde e percebo que o meu corpo fica mais vivo, meu humor fica melhor, e nem parece que tenho ansiedade. Estou com a mete de entrar na academia agora no mês de Abril, para potencializar todas as melhoras e seguir a orientação dos médicos. Eles falam que a prática de qualquer tipo de atividade física melhora muito o quadro de ansiedade pois está diretamente ligado a produção de hormônios que proporcionam bem estar. E eu pesquiso bastante sobre e estou disposta a enfrentar a tortura da academia kk.

4- Rotina:

Mudei a forma como começo o meu dia, isso foi transformador. Assim que acordo não pego no celular, só vejo o celular depois do café da manhã ou devocional. Então faço assim: Acordo, arrumo a cama, faço a minha oração sem pressa e tentando sentir a presença de Deus, tomo banho e vou tomar café com pensamentos de gratidão e contemplação da vida e das obras de Deus. Depois disso arrumo a casa, tomo outro banho para tirar o suor do corpo, faço o meu devocional e começo a trabalhar. 

5- Pausas são importantes;

Infelizmente não consigo trabalhar direto. Percebi que se eu não descansar um pouco depois do almoço e fizer alguns intervalos para levar oxigênio ao meu cérebro, no final da tarde eu fico muito agitada, com dores e não consigo dormir bem durante a noite. Então eu trabalho até o horário de almoço com uma pausa para um lanchinho, depois do almoço eu descanso e volto a trabalhar durante a noite até umas 20h. 

É muito complicado essa questão pois a gente cresce entendendo que tem que trabalhar o dia todo, que se você parar é preguiça. Então até entender o que o corpo pede da gente e mudar a nossa própria mentalidade é difícil, mas faz muito bem.

6- Conversas sinceras:

A terapia é algo excelente, no começo eu tinha muita resistência pois sempre tive problema de confiar nas pessoas. Mas eu senti na Dra Fabíola Frota muita empatia e segurança, e sempre quando falo de alguma questão nas sessões saio mais leve. Fora a terapia é bom conversar com alguém, mesmo que não entre em detalhes, eu converso muito com meu namorado e com a minha mãe, que ela também tem ansiedade então a gente compartilha muitas coisas.

Conclusão

Por ora, minha cabeça só está lembrando desses pontos que fazem a diferença. Aproveitem os comentários para agregar ainda mais nesse post, compartilhe a sua vivência e vamos fazer desse espaço um espaço rico e acolhedor. Tenho fé em Deus que ficaremos livres desse mal, mas precisamos passar por ele. Que DEUS abençoe cada um de vocês. Até o próximo post!

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